segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Álcool é combustível de confusão em baladas

Álcool é combustível de confusão em baladas PDF Imprimir E-mail
Folha de São Paulo - Sexo e Saúde - JAIRO BOUER
NA ÚLTIMA semana, mais um triste caso de violência em uma balada em São Paulo provocou a morte de um estudante de 22 anos, agredido por outro de 20 com um copo. O vidro provocou uma perfuração na jugular (veia da região do pescoço). O motivo da briga teria sido uma garota.
O episódio não é único, nem isolado. Afinal de contas, o que está acontecendo? Se pudéssemos eleger um único culpado, provavelmente seria o excesso de álcool e as alterações que ele provoca.
Desinibição, inadequação, dificuldade de avaliar o que se passa e incapacidade de medir o impacto de uma ação são alguns dos fenômenos vistos nas baladas de todo o país.

Muitos frequentadores das baladas associam álcool a outros tipos de drogas (quetamina, GHB, ácidos, êxtase, cocaína). Essas substâncias potencializam alguns efeitos da bebida, como rebaixamento do nível de consciência, maior dificuldade de controle dos reflexos e impulsividade.
Substâncias utilizadas por quem quer perder peso ou ficar mais forte (anfetaminas e anabolizantes) também impactam o comportamento dos usuários, que ficam mais agressivos e mais irritáveis.
Além das drogas, hoje se discute a própria questão da tolerância dos jovens às frustrações e às situações que fogem a seu controle. Parte deles (principalmente garotos) anda sempre com "pavio mais curto", menos paciência, mais preocupada com seu umbigo do que com o grupo. Junte-se a isso a necessidade que muitos têm de provar (para si mesmos e para a turma) que são mesmo machos, e a confusão está armada.
O que fazer para "desligar" muitas dessas bombas-relógio que andam circulando pelas noites? Bom-senso, educação em casa e na escola, redução de danos no consumo de drogas e maior controle no consumo de álcool podem ser algumas opções!

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